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domingo, dezembro 09, 2012

Porta de entrada: confusões e sensações


Era uma noite qualquer de novembro, os tênis caminhando lado a lado, em cambaleadas que pareciam ensaiadas, final de um curso e percurso exaustivo  Na inocência e malícia, chegaram. Os olhos perdidos na rua, será que alguém nos viu? será que alguém desconfia?  e entram. Jogam as mochilas, jogam os sapatos e meias, e as preocupações no bolso esquerdo da calça. Alguns olhares, alguns abraços que sufocam de amor, aqueles abraços, que te levam pra longe, tão, tão longe. Ele olhava as estrelas, com as mãos no bolso, e ela só observava, o coração dava as primeiras pistas que algo novo nascia todo momento que grudava seus olhos no magrelo, barbudo com cara de terrorista.

Sentaram-se, riram à toa, coisa boa. Concentraram-se, meditação de 5 minutos até que ela desperta, a não se contentar com ele a sua frente, entrando quase em transe, arrastando-se pelo chão, até que desperta com um selinho, e toda concentração toma um novo rumo. Enlaçou suas pernas na cintura dele, olhou nos olhos e beijou, todo aquele desespero, dúvidas que guardara durante um tempo se desfizeram em beijos, dando um doce ao novo final de novembro, a porta de entrada as confusões e sensações. Iniciaram um baile a dois, era como um choque, rolaram na grama, peça a peça de roupas iam para o chão, experimentando uma nova experiência de encaixe de almas, duas almas libertas em um mesmo ritmo, combinando seus balanços, rolando no gramado, com os ventos frios que surgiam em seus ouvidos misturados com o calor febril dos corpos, uma mistura perfeita. 

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